Um diplomata chinês disse que a China espera negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia

PEQUIM (Reuters) – A China está preocupada com a escalada da guerra na Ucrânia e espera negociações de paz entre Moscou e Kiev, disse o diplomata chinês Chen Gang a seu colega ucraniano em um telefonema nesta quinta-feira.

A China, que se absteve de condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, pediu a ambos os lados que concordem com uma redução gradual da escalada levando a um cessar-fogo abrangente em seu documento de 12 pontos sobre uma “solução política para a crise na Ucrânia”.

O plano, que recebeu uma recepção morna de ambos os lados, pedia proteção aos civis e respeito à soberania de cada lado.

“A China espera que todas as partes permaneçam calmas, racionais e contidas, e as negociações de paz sejam retomadas o mais rápido possível”, disse Chen ao ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, de acordo com o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China.

O ministério acrescentou que a China espera que a Ucrânia e a Rússia não fechem as portas para uma solução política, por mais difícil e difícil que seja a situação.

Kuleba disse que ele e Chen discutiram “a importância do princípio da integridade territorial” durante a ligação.

“Eu enfatizei a importância da fórmula de paz (desenvolvida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky) para acabar com a agressão e restaurar uma paz justa na Ucrânia”, escreveu Kuleba no Twitter.

A Ucrânia disse que qualquer plano para acabar com o conflito deve incluir a retirada das forças russas para as fronteiras da Ucrânia em 1991, ano em que a União Soviética foi dissolvida.

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Espera-se que o presidente chinês, Xi Jinping, visite o russo Vladimir Putin já na próxima semana e mantenha uma reunião virtual com Zelensky.

Analistas dizem que será difícil para a China levar a Rússia e a Ucrânia para a mesa de negociações, mas alguns sugeriram que Xi poderia atuar como um “canal de apoio” para iniciar o ímpeto para as negociações.

Reportagem da redação de Hong Kong; Edição por Angus McSwan e Nick McPhee

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