O dinossauro ficou nas patas traseiras e pegou sua presa com as mãos.
Pesquisadores dizem que fragmentos de fósseis encontrados na Espanha apontam para um novo tipo de dinossauro.
Cientistas propuseram uma nova espécie de espinossaurídeo após estudar o espécime, que inclui uma mandíbula direita, um dente e cinco vertebrados, encontrado na Formação Arcillas de Morella em Castellón, Espanha, em 2011, segundo um estudo publicado na revista Relatórios científicos Quinta-feira.
Os espinossauros são frequentemente distinguidos por seus corpos grandes que se sustentam sobre duas pernas. O grupo dos dinossauros, que inclui Spinosaurus e Baryonyx, também é tipicamente carnívoro.
Os fósseis datam do final do período Parmiano ou início do Cretáceo – entre 127 milhões e 126 milhões de anos atrás, disseram os autores. Com base nos restos mortais, os pesquisadores acreditam que o dinossauro tinha entre 10 e 11 metros de comprimento, ou cerca de 32 a 36 pés.
Depois de comparar o espécime com outros espinossauros, os pesquisadores o identificaram como uma nova espécie e gênero de espinossaurídeos, batizando-o de Protathlitis cinctorrensis, com Protathlitis significando “campeão” em grego e “cinctorrensis” em homenagem à cidade, Cinctorres, na qual os fósseis foram descobertos, de acordo com o estudo.
O nome ‘campeão’ foi uma referência ao título da UEFA Europa League conquistado pelo clube de futebol europeu Villarreal CF em 2021 e para comemorar o centenário do clube em 2023, disse o investigador principal José Santos Cobido à ABC News.
O Protathlitis cinctorrensis também tem focinho alongado com muitos dentes cônicos e usa as mãos para pegar presas, disse Santos Cobido.
Os resultados indicam que a Península Ibérica pode ter sido uma região diversa para dinossauros de médio a grande porte, o que lança mais luz sobre a origem e evolução do tipo de dinossauro.
Acredita-se que os espinossauros possam ter se originado na Europa e depois migrado da África para a Ásia, de acordo com o artigo. As evidências de sua presença na Espanha dependem principalmente de restos dentários fossilizados.
Os pesquisadores acreditam que esta nova espécie pode indicar que o espinossauro surgiu durante o início do período Cretáceo na Laurásia – uma grande faixa de terra no hemisfério norte europeu – com dois subgrupos da espécie ocupando a Europa Ocidental, de acordo com o artigo.
Os espinossauros podem ter migrado posteriormente para a África e a Ásia, onde se diversificaram.
“Na Europa, os barionissauros eram dominantes, enquanto na África os espinossauros eram os mais abundantes”, disse Santos-Cobido.
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