LONDRES (Reuters) – Os preços do petróleo ampliaram os ganhos nesta quarta-feira depois que dados mostraram um declínio significativo nos estoques de petróleo nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de combustível, e enquanto um furacão no Golfo do México manteve os investidores cautelosos.
Os futuros do petróleo Brent para entrega em outubro subiram 42 centavos, ou 0,49 por cento, para US$ 85,91 o barril às 07h48 GMT. O contrato de outubro expira na quinta-feira, e o contrato de novembro foi o mais ativo, em US$ 85,32, um aumento de 41 centavos.
Os futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate subiram 50 centavos, ou 0,62 por cento, para US$ 81,66.
Ambos os índices de referência subiram mais de um dólar na terça-feira, com o dólar americano caindo depois que as perspectivas de um aumento da taxa de juros diminuíram após dados fracos sobre o emprego nos EUA.
Fontes do mercado, citando números do American Petroleum Institute, disseram na terça-feira que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram 11,5 milhões de barris a mais do que o esperado na semana encerrada em 25 de agosto.
A queda indica uma forte demanda, disse Toshitaka Tazawa, analista da Fujitomi Securities.
Os investidores também estão atentos à passagem do furacão Idalia sobre o Golfo do México, a leste dos principais locais de produção de petróleo e gás natural nos Estados Unidos. A região representa cerca de 15% da produção de petróleo dos EUA e cerca de 5% da produção de gás natural, segundo a Energy Information Administration.
A grande companhia petrolífera, Chevron, evacuou alguns dos seus funcionários da região, mas a produção continua.
Noutros países, os analistas esperam que a Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, prolongue os cortes voluntários de produção até Outubro, mantendo limitados os fornecimentos de petróleo.
Com base nestas expectativas, fontes de refinação consultadas pela Reuters esperavam que os preços de venda oficiais sauditas para todos os tipos de petróleo bruto vendidos à Ásia em Outubro subissem para os seus níveis mais elevados este ano.
Entretanto, os militares no Gabão tomaram o poder na quarta-feira, o que poderá ter impacto no fornecimento de petróleo bruto do país e apertar ainda mais o mercado. Dados de rastreamento de navios mostraram que o Gabão exportou uma média de 160.000 barris por dia, por mês, para a Ásia, de maio a julho.
Mas os ganhos do petróleo são limitados pelas preocupações com a procura de combustível e pela situação económica mista na China, o maior importador de petróleo do mundo.
(Reportagem de Paul Carsten em Londres, Yuka Obayashi em Tóquio e Trixie Yap em Cingapura) Edição de David Goodman
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