O líder da Polónia transfere as armas nucleares tácticas da Rússia para a Bielorrússia, mudando a segurança regional

VARSÓVIA, Polónia (AP) – O presidente da Polónia, Andrzej Duda, confirmou terça-feira que a Rússia começou a transferir algumas armas nucleares de curto alcance para a vizinha Bielorrússia, uma medida que, segundo ele, mudaria a arquitectura de segurança da região e toda a aliança militar da NATO.

Tanto o presidente russo, Vladimir Putin, como o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, afirmaram no mês passado que Moscovo já tinha enviado alguns deles. Armas nucleares táticas à Bielorrússia depois de anunciar o plano em Março. América e OTAN Não confirmado Ação.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou a retórica de Moscovo como “perigosa e irresponsável”, mas disse em Julho que a aliança não viu qualquer mudança na postura nuclear da Rússia.

As armas nucleares táticas destinam-se ao uso no campo de batalha e têm curto alcance e baixo rendimento em comparação com armas nucleares mais poderosas montadas em mísseis de longo alcance. A Rússia disse ter controle sobre os remetentes para a Bielorrússia.

Autoridades em Moscou e Minsk disseram que os navios de guerra poderiam ser transportados por jatos de ataque terrestre Su-25 bielorrussos ou montados em mísseis Iskander de curto alcance.

Duda fez seus comentários em entrevista coletiva conjunta com o presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.

“Eu estava contando ao presidente (de Sousa) sobre a implementação do anúncio de Vladimir Putin de que as armas nucleares táticas da Rússia seriam transferidas para a Bielorrússia”, disse Duda. “Na verdade, esse processo está acontecendo e estamos acompanhando.”

Duda não deu detalhes, mas disse que “de forma óbvia muda a estrutura de segurança da nossa parte da Europa”.

“Isso muda a arquitetura de segurança na nossa vizinhança imediata, mas ao mesmo tempo muda a parte oriental da OTAN. Então, realmente muda a situação de toda a aliança”, disse ele.

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Embora Varsóvia não tenha emitido tais ameaças, Lukashenko disse que manter as armas nucleares russas no seu país impediria a agressão por parte da Polónia, membro da NATO. A Polónia presta apoio militar, humanitário e político à vizinha Ucrânia na sua luta contra a agressão russa e participa em sanções internacionais contra a Rússia e a Bielorrússia.

Duda também elogiou a recente aprovação pelo Departamento de Estado dos EUA de uma potencial venda de 96 helicópteros Boeing AH-64E Apache para a Polônia.

De Sousa prometeu apoio contínuo à luta da Ucrânia e de outros países da região, acrescentando que a situação nas fronteiras orientais da Europa é tão importante para Portugal como os seus próprios vizinhos.

“Estamos unidos, somos solidários sem qualquer hesitação, e registei devidamente as preocupações polacas que compreendem a necessidade de monitorizar de perto quaisquer movimentos que possam pôr em causa as fronteiras orientais da União Europeia ou da NATO”, disse De Sousa.

“Estamos vigilantes, somos solidários e agimos”, disse De Sousa.

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