É também outra pista sobre a importância dos drones na guerra moderna, bem como a abordagem russa ao combate e a recente resistência às unidades ucranianas.
O vídeo do drone mostra que todas as propriedades no centro da cidade foram destruídas ou danificadas. A maioria deles parece ter sido atingida pela artilharia russa ou pelo fogo de mísseis.
“Os russos não estão apenas destruindo Pupasna. Eles estão removendo-o do mapa da região de Luhansk”, disse Serhiy Heidi, chefe da Administração Militar Regional de Luhansk.
O vídeo do drone foi postado originalmente no canal pró-russo Telegram e parece ter sido feito por um drone russo.
O drone parece ter sido usado para ajudar a infantaria russa a caçar os últimos defensores ucranianos da área. No final, você paira sobre o local onde os ucranianos estão presos e se rendem.
A CNN geolocalizou e verificou o vídeo. Não está claro exatamente quando o vídeo foi filmado, mas batalhas ferozes eclodiram em Popasna nos últimos dias, já que o avanço russo colidiu com as defesas ucranianas na cidade.
O vídeo começa com um bombardeio de artilharia caindo perto de uma trincheira ao norte do centro de Popasna. Pelo menos um soldado ucraniano foi visto saindo da trincheira e se refugiando no que parecia ser um galpão próximo.
Pelo menos quatro soldados russos estão avançando em direção ao galpão. Várias explosões foram vistas, incluindo duas com granadas lançadas no galpão por um soldado ucraniano.
O vídeo do drone mostra um soldado russo jogando pelo menos quatro granadas dentro ou perto do galpão onde as forças ucranianas estão se abrigando. Não está claro se algum soldado ucraniano foi morto ou ferido nas explosões.
Um clipe posterior mostra vários soldados ucranianos deitados de bruços do lado de fora. Mais uma vez, o drone é usado para pesquisar a vizinhança imediata, aparentemente procurando por qualquer movimento ou soldados ucranianos adicionais.
Em seguida, mostra pelo menos seis soldados ucranianos sendo levados, com as mãos na cabeça, e colocados sob custódia russa.
Algumas contas de mídia social pró-Rússia dizem que os soldados russos são de fato contratados militares privados do Grupo Wagner – um contratado militar privado com laços com o Kremlin que enviou agentes para a Síria, Líbia e vários países africanos – que estiveram envolvidos em o conflito Donbass desde 2014. Você não pode a CNN verificar isso, mas as agências de inteligência ocidentais disseram que as forças russas empregam empreiteiros privados ou mercenários no conflito.
O vídeo também fornece um vislumbre do método russo de guerra, segundo o qual os ataques terrestres devem ser precedidos por “fogo indireto” maciço de sistemas de artilharia e mísseis. As forças russas têm uma tremenda vantagem sobre os ucranianos em tais sistemas, e a Ucrânia não tem poder aéreo suficiente para causar um impacto sério nele.
Além disso, a geolocalização de helicópteros de combate russos na região foi estabelecida nos últimos dias.
Conforme indicado por um estudo recente da US Defense Research Corporation RAND, os grupos de combate russos estão repletos de artilharia. O relatório previa que “o principal esforço de uma grande operação ofensiva russa provavelmente terá unidades de manobra apoiadas por um número igual ou maior de unidades de artilharia. Usará grandes quantidades de munições de fragmentação e minas de artilharia”.
Alguns analistas acreditam que a Rússia tenha mais de 50 batalhões táticos, cada um com cerca de 1.000 soldados, no arco de Popasna a Izyum, no norte. É uma enorme concentração de poder.
Apesar de semanas de bombardeios e ataques com mísseis, as forças ucranianas se recusaram a ceder território aos russos em várias cidades de Luhansk e Donetsk. Somente quando eles não têm mais nada para defender, eles fazem uma retirada tática para evitar a captura.
Foi o que aconteceu na cidade de Karmina em abril.
“Em nosso vinhedo, percebemos que, se nos mantivéssemos no chão, os meninos morreriam e o inimigo não faria mal, então nos reagrupamos e partimos”, disse Heidi.
Mas para pelo menos um punhado de soldados ucranianos em Popasna, fugir não era mais uma opção.
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