Outro país da OTAN juntou-se à Polônia para acusar o Grupo Wagner, financiado pelo Kremlin, de tentar recrutar mercenários em seu solo.
O Serviço de Segurança do Estado da Letônia (VDD) disse Newsweek O Wagner Group começou a recrutar na Letônia, afirmando ter identificado “convites diretos e indiretos” em sites de redes sociais para que residentes se juntem a grupos paramilitares.
O desenvolvimento ocorre um dia depois que as autoridades polonesas prenderam dois cidadãos russos acusados de espalhar “propaganda” ligada ao Grupo Wagner, o grupo mercenário liderado por Yevgeny Prigozhin, que esteve envolvido em um levante contra o Kremlin em junho. A Polônia recentemente expressou preocupação com possíveis provocações do grupo, que está sediado na Bielorrússia desde o fim da rebelião frustrada de Prigozhin em 24 de junho.
A mídia polonesa informou na semana passada que pôsteres com o logotipo do Grupo Wagner estavam sendo distribuídos em Varsóvia e Cracóvia com a inscrição em inglês: “Estamos aqui, junte-se a nós”. Os pôsteres continham códigos QR que redirecionavam para um site russo sobre o grupo paramilitar.
Os membros da OTAN, Polônia, Lituânia e Letônia, intensificaram a segurança nas fronteiras desde a mudança do Grupo Wagner para a Bielo-Rússia.
O Serviço Secreto disse: “O VDD não descobriu cartazes de recrutamento de ‘Wagner’ semelhantes aos descobertos na Polônia ou outros materiais de propaganda do Grupo Wagner em locais públicos na Letônia.”
O agregador de notícias báltico Delphi informou que cidadãos e não cidadãos residentes na Letônia estão proibidos de servir nas forças armadas ou em uma organização militar de outro país que ameace a segurança nacional do país e que isso é punível com até quatro anos de prisão.
Alguns membros do Grupo Wagner, que participaram do levante armado de Prigozhin na Rússia em 24 de junho, mudaram-se para a Bielo-Rússia como parte de um acordo intermediado pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. No início de agosto, ele disse que membros do Grupo Wagner estavam sendo usados pelas forças armadas de Minsk para “transferir conhecimento” para as forças bielorrussas.
O chefe Wagner Prigozhin não é visto em público desde o fim da rebelião fracassada, quando deixou a cidade de Rostov-on-Don, no sul da Rússia.
A agência de notícias estatal da Rússia, RIA Novosti, divulgou um vídeo na época mostrando-o saindo de carro. O líder bielorrusso disse ter concluído um acordo com o presidente Wagner sobre a desescalada, oferecendo a ele e a seus militantes “uma opção muito lucrativa e aceitável para resolver a situação, com garantias de segurança”.
O Grupo Wagner desempenhou um papel importante ao pressionar a Rússia a tomar a cidade industrial ucraniana de Pakhmut, na região de Donetsk.
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